Os servidores argumentam que as condições são impraticáveis, especialmente considerando o déficit de cerca de 1.600 auditores na carreira
O pedido coletivo de demissão é mais um episódio da crise entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os servidores federais. A controvérsia surgiu devido à redução do prazo máximo para a inspeção de cargas de produtos de origem animal destinados à exportação pelos auditores. Inicialmente, o prazo foi limitado de cinco para quatro dias, mas posteriormente foi revogado, trazendo para apenas dois dias.
Os servidores argumentam que as condições são impraticáveis, especialmente considerando o déficit de cerca de 1.600 auditores na carreira. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), há apenas 200 vagas em concurso em andamento, o que, segundo a entidade, não cobre nem mesmo as vagas dos servidores abertas a se aposentar.
A disputa alcança o sistema judiciário
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) tomou medidas legais contra a recente Portaria nº 666/2024 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que define os novos prazos para as certificações internacionais de produtos de origem animal destinados à exportação.
Conforme a entidade, os novos prazos estipulados estão muito abaixo dos prazos históricos médios e não podem ser cumpridos dentro do cronograma regular de trabalho.
Outro aspecto da Portaria que é contestado é a provisão de “autorização tácita” para produtos destinados à alimentação animal. De acordo com a Anffa Sindical, essa medida contraria acordos comerciais, colocando em risco tratados internacionais.
Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira, do Compre Rural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.