11 de jul. de 2024

Pesquisa da Ufac detecta fungo em morcegos que podem ser transmitidos para humanos

Ex-aluno de mestrado da universidade divulgou os dados no ultimo dia 25

Morcegos dormindo/Foto: Pixabay


Vitor Paiva - Jhonatan Henrique Lima da Rocha é mestre em Sanidade e Produção Animal Sustentável na Amazônia da Universidade Federal do Acre, e se reuniu com representantes da saúde para apresentar os resultados de sua pesquisa, no dia 25 de junho.

O tema do trabalho é a “Detecção de ‘Histoplasma capsulatum’ em Morcegos no Município de Rio Branco”, e teve como objetivo alertar para a detecção do fungo Histoplasma capsulatum em animais.

O fato tem importância pois o fungo pode passar do morcego para o ser humano, já que os mamíferos voadores funcionam como reservatórios, auxiliando em sua dispersão, através de suas fezes. 

A infecção pode afetar não somente os seres humanos, como também animais domésticos e silvestres que tiverem contato com ambiente contaminado. Caso o ser humano seja afetado, ele poderá contrair histoplasmose, conhecida popularmente como doença das cavernas.

A histoplasmose é uma doença infecciosa que ataca diretamente o sistema respiratório podendo causar diversos sintomas, como por exemplo: tosse, grande fadiga, febre, dores de cabeça e no peito.

A orientadora de Rocha, que o acompanhou durante o projeto, Tamyres Izarelly Barbosa da Silva, comentou sobre o impacto de pesquisas como esta. “Apesar da importância da doença para as regiões tropicais, dados epidemiológicos ainda são escassos na maioria dos Estados brasileiros. Compreender os aspectos epidemiológicos e patogênicos se faz fundamental para implementação de medidas de prevenção e controle”, ressalta.

Durante a reunião para exposição dos dados e análise feita, estavam presentes representantes das secretarias municipal do Meio Ambiente, estadual e municipal de Saúde, do departamento de Controle de Zoonoses, do laboratório central de saúde pública, parque ambiental Chico Mendes, 4º Batalhão de Infantaria de Selva (Círculo Militar), e coordenadores do curso de Medicina Veterinária e do Parque Zoobotânico da Ufac.

A apresentação dos dados contou com representantes de diversos órgãos como secretarias do Meio Ambiente e de Saúde/Foto: Reprodução

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