10 de dez. de 2024

Produção de petróleo da Argentina deve tirar Colômbia do pódio na América Latina

A atividade de perfuração vem crescendo em ritmo acelerado na região de Vaca Muerta graças às políticas de Milei

Vista de plataformas de perfuração de petróleo no reservatório de petróleo Vaca Muerta Shale em Loma Campana, Argentina. Foto: Juan Mabromata/AFP/Getty Images

             por Bloomberg


Na Argentina, a corrida em busca de xisto colocou o país prestes a ultrapassar a rival regional Colômbia como um dos três maiores produtores de petróleo bruto da América do Sul.

A atividade de perfuração vem crescendo em ritmo acelerado na região de Vaca Muerta, na Argentina, graças, em grande parte, às políticas do governo Javier Milei, que é favorável aos negócios. O petróleo de xisto responde atualmente por cerca de 60% do petróleo bruto argentino e colocou o país no caminho certo para atingir níveis de produção nunca vistos em mais de 20 anos, segundo dados da Administração de Informações sobre Energia dos EUA.

Espera-se que os perfuradores levem mais sondas para Vaca Muerta no próximo ano. Planos ambiciosos de infraestrutura também estão ganhando impulso, pois as reformas de Milei dão às empresas a oportunidade de atrair financiamento internacional para oleodutos e portos.

Enquanto isso, na Colômbia, as reservas de gás natural são metade do que eram há uma década e as reservas de petróleo bruto estagnaram, pois o presidente Gustavo Petro evitou a exploração de petróleo em favor da redução das emissões de gases de efeito estufa.

O setor de petróleo e gás natural da Colômbia estava buscando o fraturamento hidráulico (também conhecido como fracking), a mesma tecnologia usada em Vaca Muerta, para expandir as reservas. Mas depois de assumir o cargo em 2022, Petro suspendeu dois importantes testes de fraturamento hidráulico. Sem dúvida, os exploradores fizeram recentemente uma descoberta significativa de gás em alto-mar.

Os investimentos colombianos em perfuração em 2024 caíram pelo segundo ano consecutivo e os declínios significam que a produção de petróleo bruto não criará receita suficiente para cumprir as metas de receita fiscal do governo, de acordo com as previsões do setor.

O Brasil é, de longe, o maior produtor diário de petróleo bruto da América do Sul, com mais de 3 milhões de barris. A Venezuela produzia uma quantidade semelhante na virada do século, antes que a produção despencasse sob os regimes socialistas, mas os números têm aumentado recentemente, colocando-a em segundo lugar na região.

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