2 de jan. de 2025

Rússia rejeita propostas de paz de Trump na Ucrânia

                      

                       FONTE: The Hill


O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que Moscou não apoia as propostas para encerrar a guerra apresentadas pela equipe do presidente eleito Donald Trump.

Em uma entrevista ao veículo estatal russo TASS, Lavrov declarou que a Rússia ainda não recebeu propostas oficiais para acabar com a guerra, mas demonstrou insatisfação com as ideias divulgadas na mídia.

“Não estamos satisfeitos, é claro, com as propostas feitas por membros da equipe de Trump de adiar a entrada da Ucrânia na OTAN por 20 anos e de estacionar forças de paz britânicas e europeias na Ucrânia”, disse Lavrov.

Lavrov também afirmou que Moscou rejeitaria a adesão da Ucrânia à OTAN, independentemente de a Rússia obter ou não territórios na Ucrânia, e pediu por “acordos confiáveis e juridicamente vinculativos” para estabelecer uma paz duradoura.

O principal diplomata russo também expressou dúvidas sobre a capacidade de Trump de restaurar as relações com Moscou.

“Mesmo que Trump tente relançar os laços bilaterais, ele terá que nadar contra a corrente,” disse Lavrov, citando o foco bipartidário em Washington em resistir à Rússia.

Os comentários fornecem um dos relatos mais detalhados até agora do Kremlin, já que o presidente russo Vladimir Putin tem sido mais vago, embora tenha demonstrado abertura para se reunir com Trump.

Lavrov estava respondendo a vazamentos sobre as propostas de Trump para acabar com a guerra, uma vez que o presidente eleito ainda não ofereceu detalhes concretos de seu plano.

Trump, que fez campanha prometendo encerrar a guerra até sua posse, reconheceu a dificuldade de resolver o conflito, mas também prometeu não abandonar a Ucrânia.

“Quero chegar a um acordo, e a única maneira de chegar a um acordo é não abandonar,” disse Trump à revista Time no início deste mês.

Alguns relatos sugerem que Trump cederia territórios no leste da Ucrânia, ocupados pela Rússia, em troca de garantias de segurança reforçadas por tropas de paz europeias. O conflito seria congelado nas linhas atuais.

Trump escolheu o tenente-general aposentado Keith Kellogg como seu enviado para Rússia e Ucrânia. Kellogg declarou publicamente que os EUA deveriam pressionar Kiev a negociar ameaçando suspender o fornecimento de armas, ao mesmo tempo que pressionam Moscou com ameaças de aumentar o envio de armamentos.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e outros oficiais em Kiev afirmaram que desejam garantias reais de segurança, o que provavelmente incluirá a proteção da OTAN. Zelensky fez da adesão à OTAN uma parte central de seu plano de vitória.



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