Por Wanglézio Braga - O mercado de banana em Rio Branco enfrenta um cenário alarmante. De acordo com o Boletim Hortifrutigranjeiro da Conab, os preços da fruta dispararam 216,9% nos entrepostos atacadistas da Ceasa/AC em dezembro de 2024, em comparação ao mês anterior. Esse aumento exponencial reflete a conjunção de fatores como a forte redução da oferta e o crescimento da demanda.
Em termos de volume, a oferta de bananas no Acre apresentou uma queda significativa ao longo do período analisado. Em dezembro de 2023, a Ceasa/AC registrou a entrada de 480.985 quilos da fruta. Esse número caiu para 275.725 quilos em novembro de 2024 e despencou ainda mais, alcançando apenas 244.565 quilos em dezembro de 2024.
A situação de Rio Branco acompanha uma tendência observada em outras regiões do país, como Belo Horizonte (18,31%), Rio de Janeiro (23,89%) e Recife (15%), que também registraram aumentos expressivos nos preços da banana. No entanto, a elevação em Rio Branco é, de longe, a mais significativa, colocando o Acre no centro das preocupações sobre a estabilidade do mercado da fruta.
Os dados nacionais reforçam o desafio: Minas Gerais, maior produtor entre os estados, liderou a oferta com 12.636.800 quilos em dezembro de 2024, enquanto o Acre contribuiu com apenas 232.815 quilos.
Especialistas apontam que a queda na oferta pode estar relacionada a fatores climáticos adversos e dificuldades logísticas, que impactam diretamente a produção e distribuição da banana. Com a situação atual, consumidores e comerciantes precisam buscar alternativas para enfrentar os altos custos. A população local está sentindo o peso no bolso, enquanto agricultores e distribuidores enfrentam o desafio de equilibrar a oferta com a demanda em um cenário econômico incerto.
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