Segundo os parlamentares, com o aumento das chuvas e muito provável ter de interromper o trânsito de veículos pesados
Foto via facebook no trecho entre Tarauacá e Feijó
RÉGIS PAIVA - A velha e interminável novela do acesso rodoviário para a cidade de Cruzeiro do Sul parece nunca ter fim. Depois de um breve período de trafegabilidade, à custa de R$ 4 bilhões, a estrada praticamente desapareceu em alguns pontos e os velhos atoleiros voltaram. Depois de muita pressão, o DNIT prometeu investimentos de R$ 220 milhões, mas a estrada está em vias de ter de ser fechada para o tráfego de veículos pesados nos próximos dias.
Durante a sessão desta terça-feira (6) da Assembleia Legislativa, vários deputados se uniram para criticar de forma veemente o desleixo para com a população do Juruá. Segundo os parlamentares, com o aumento das chuvas e muito provável ter de interromper o trânsito de veículos pesados, inclusive de ônibus, praticamente isolando a região do restante do Estado.
Jairo Carvalho abre a sessão de cobranças
O deputado Jairo Carvalho (PSD) foi enfático ao relatar a urgente necessidade de serviços na BR-364. O deputado retornou neste fim de semana da região do Juruá e comprovou as péssimas condições na BR, principalmente entre Feijó e Cruzeiro do Sul. “Os ônibus já estão com dificuldade e atolando, sem condições ideais para fazerem a ligação entre as cidades. E não vimos sequer uma máquina para assistência, seja aos veículos ou ao próprio trecho deteriorado da estrada”, ressaltou Jairo.
O deputado Jairo cobrou se os recursos prometidos vão mesmo ser aplicados ou se, novamente, ficarão só na promessa: “É preciso que o DNIT e os responsáveis pela BR apresentem uma resposta sólida e enviem os materiais e recursos necessários para a manutenção da estrada. A responsabilidade agora está com a oposição e nós temos de dar uma resposta à população”.
Sete horas para um único trecho
O deputado Antônio Pedro (DEM), que também esteve no Juruá recentemente, confirmou a situação crítica. Segundo o deputado, somente em um trecho foram necessárias sete horas. “A estrada não vai aguentar uma chuva mais forte. Está apartando. O povo do Juruá ficará isolado. Sabemos dos R$ 220 milhões liberados, mas ainda não vimos nenhum movimento para a recuperação e manutenção”, destacou o democrata.
Sinhasique cobra obra no trecho para Rondônia
Por sua vez, a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) solicitou ao DNIT checar o trecho localizado na BR-364, km 62, sentido Rio Branco/Porto Velho. No local, onde há três anos rompeu um bueiro, a estrada foi refeita, mas ainda não recapearam. “O local do serviço não concluído fica logo após a Vila Campinas. O DNIT Não pode deixar que as empresas façam o serviço pela metade. Peço ao órgão que cobre o fim do serviço”, ressaltou Eliane.
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