Rodrigo Viga Gaier - A produção média de petróleo no Brasil deve subir 3,8 por cento neste ano, ante o ano passado, para 2,7 milhões de barris por dia (bpd) e deverá dobrar até 2026, com a entrada de novos campos, afirmou nesta terça-feira o diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Mauro Coelho.
Ele explicou que em 2016 a produção nacional da commodity atingiu 2,6 milhões de bpd, e a perspectiva é crescente para nos próximos anos até se atingir o nível de 5,2 milhões de bpd em 2026.
“Você tem campos entrando em produção, novos equipamentos, mas o crescimento agora e no curto prazo se dá lentamente”, disse o diretor da EPE a jornalistas em evento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
“A partir de 2022, com a entradas dos grandes campos e aumento no ritmo de produção, como Libra e Búzios, por exemplo, haverá um salto grande na produção”, afirmou.
Coelho destacou que a expectativa é que em 2026 o Brasil se torne um grande exportador de petróleo com vendas externas de 3 milhões de bpd.
Esse patamar pode diminuir caso evoluam as negociações com chineses interessados em construir uma refinaria no Maranhão com uma capacidade de processamento diário de 300 mil a 400 mil barris.
“A gente entende que nos próximos anos o Brasil será importador de médios, como diesel e QAV (querosene de aviação), e o investimento lá será importante para reduzir a importação desses produtos”, afirmou Mauro.
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