A guarda costeira argentina (Prefectura Naval) repetidamente abriu fogo contra barcos pesqueiros chineses que pescavam ilegalmente na zona econômica exclusiva da Argentina na semana passada.
A Prefectura Naval disse que o barco Jing Yuan 626 foi apanhado navegando na zona econômica exclusiva da Argentina, juntamente com outros quatro navios, todos com bandeira chinesa, de acordo com um comunicado publicado na sexta-feira. As autoridades disseram que os quatro navios tentaram abalroar o navio da guarda costeira e realizaram manobras evasivas, colocando a tripulação argentina em risco.
No entanto, a guarda costeira persistiu na tentativa de capturar o navio de pesca. As autoridades dizem que dispararam tiros intimidatórios, mas, como o barco chinês se recusou a atender as advertências, eles recorreram a “disparar metralhadora e fogo de canhão”, visando interromper a navegabilidade do navio sem causar ameaça à vida de sua tripulação.
O vídeo do incidente ocorrido quinta-feira foi compartilhado pelas autoridades argentinas para o público na sexta-feira. “Você é responsável pela segurança de sua tripulação e seu navio. Você está prestes a receber fogo direto”, pode-se ouvir o capitão da guarda costeira, Eduardo Scarzello, informando o navio de pesca via rádio.
“Proa, passadiço. Estamos prontos? Ok, dispare livremente um tiro na proa do barco sobre a linha de água, ordenou à sua tripulação.”
A perseguição do navio de pesca durou quase oito horas em condições climáticas adversas antes que o ministério dos assuntos estrangeiros da Argentina ordenasse à guarda costeira que encerrasse com a perseguição. Em 2016, uma descoberta semelhante de um barco chinês que pescava ilegalmente na zona econômica exclusiva da Argentina terminou no naufrágio da traineira chinesa Lu Yan Yuan Yu 010, forçando a tripulação a abandonar o navio.
Na época, o governo chinês apresentou um protesto ao lado argentino, informou a Reuters. De acordo com a ABC News, a embaixada chinesa na Argentina ainda não comentou o incidente de quinta-feira.
A guarda costeira da Argentina observou em sua declaração que os navios chineses não são os únicos que violam os confins da zona econômica exclusiva do país, que se estende a 200 milhas náuticas da costa de um país conforme prescrito pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. No começo deste mês, as autoridades da Argentina pegaram um navio com bandeira espanhola em suas águas carregando mais de 320 toneladas de peixes processados a bordo.
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