Ravenna Nogueira - “Qual é a garantia que temos que o Governo vai deixar de ser caloteiro e vai fazer os repasses em dia para as Organizações Sociais?”, questionou Sinhasique
A emedebista Eliane Sinhasique questionou, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta quarta-feira (14), a implantação das Organizações Sociais (OS) no Acre. “Isso é uma porta aberta para a terceirização em todos os setores”, declarou a parlamentar.
Desde ontem (13), está em discussão na Aleac, Projeto de Lei do Executivo que visa regularizar a implantação das OS em diversos setores do Estado. “O Governo petista está há 20 anos comandando o Estado do Acre e só agora em 2018 descobriu que a Organização Social é a melhor coisa para a administração de um Estado? Porque se descobriu isso em ano eleitoral?”, indagou a parlamentar.
Uma das preocupações de Eliane é com relação ao pagamento dessas Organizações Sociais e a continuidade dos serviços no Acre.
“Qual é a garantia que temos que o Governo vai deixar de ser caloteiro como é com os seus fornecedores e vai fazer os repasses em dia para as Organizações Sociais? Será que essa OS tem dinheiro suficiente em Caixa para levar o calote do Estado por um, dois, três, quatro, cinco meses, como ele faz atualmente com os prestadores de serviços”.
Sinhasique relembrou que há meses o bispo Dom Joaquim precisou suspender as cirurgias cardíacas do Hospital Santa Juliana para receber os repasses atrasados referentes ao convênio da unidade de saúde com o Governo do Estado.
Outro exemplo citado, foi o da aquisição de um cartão de crédito para abastecimento das viaturas da Polícia Militar do Estado. “O Governo não pagou e o fornecimento foi susupenso. As licitações estão dando desertas porque os fornecedores não querem levar calote”.
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