O potencial do segmento espacial e os estímulos aos negócios foram temas discutidos por representantes das agências espaciais da América do Sul, Estados Unidos, Europa e Ásia, no 3º Fórum da Indústria Espacial Brasileira, realizado nos dias 19 e 20 de novembro em São José dos Campos (SP).
Para o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, “o Brasil precisa aproveitar esse mercado para se desenvolver internamente, mas também queremos colocar o pé lá fora, no mercado global, da mesma forma que fizemos com a Aeronáutica, queremos ser inseridos nesse mercado, que hoje movimenta 360 bilhões de dólares por ano. Como um País de dimensão continental precisamos de espaço, comunicação, sensoriamento remoto, mobilidade urbana e uma série de outros produtos já usamos espaço, até nos patinetes tem algo do espaço”, ressaltou.
Segundo Moura, a meta do País é atingir um por cento do montante que o segmento espacial movimenta no mundo. O grande mercado espacial está nos serviços, nas aplicações, e o Brasil tem um povo muito criativo, então temos certeza que desenvolvendo essa parte comercial várias empresas e startups vão descobrir novas formas de utilizar as aplicações espaciais que irão trazer benefícios, não apenas para a gente, como também irão vender serviços pelo mundo” afirmou.
Já o secretário adjunto do MCTIC, Carlos Alberto Baptistucci, disse ter certeza que a partir de agora o Brasil terá mais facilidade e maior capacidade de desenvolver o setor, pois de alguma forma estamos abrindo o nosso mercado para isso, e abertura de mercado já está comprovado no Brasil, ao longo dos anos, que traz desenvolvimento para diversos setores.
Acordo de Salvaguardas Tecnológicas
O encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, William Popp, destacou a importância do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas firmado recentemente com o Brasil, que vai permitir a participação brasileira no mercado da indústria espacial. “Haverá uma incrível aceleração no relacionamento entre as duas maiores democracias do continente. É uma parceria focada na prosperidade e segurança de ambas as nações.”
“O ambiente aqui no Fórum é de se inteirar do que está acontecendo no setor, o que está se desenvolvendo lá fora, disse o empresário Ricardo Quindós, que aposta na área espacial. Ele já montou uma startup que aplica tecnologia já existente de forma inteligente, e se prepara para lançar um satélite no próximo ano. A gente está utilizando tecnologias de uso cotidiano que podem ser aplicadas na vida de pessoas comuns, como as usadas no setor agrícola, internet das coisas e outras.
Participar do Fórum foi uma oportunidade de reunir-se com diferentes setores, usuários e fornecedores de aplicações espaciais. A Economia Espacial envolve a produção de hardware e software para lançadores, satélites e infraestrutura de solo e também a de aplicações espacial. A partir de dados e imagens satelitais, inúmeros setores produtivos são beneficiados pelos serviços de sensoriamento remoto, telecomunicações, meteorologia, posicionamento e navegação, coleta de dados, entre outros.
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