Na Noite de 17 de Novembro de 1889, O tenente-Coronel Mallet foi enviado para avisar que a Família Imperial deveria partir imediatamente. No meio da noite, o Imperador, que teve que ser acordado. Houve certa comoção até que Pedro II apareceu na sala e fez-se silêncio.
Ele perguntou:
- “Que é isto? Então vou embarcar a esta hora da noite?”O tenente-Coronel Mallet buscou persuadir o Imperador Dom Pedro II alegando que estudantes republicanos fariam manifestações contra a sua pessoa.
O imperador revelou-se descrente:
- “Quem dá importância a estudantes?”
Neste exato momento, ouviram-se tiros do lado de fora. Mallet retirou-se do Paço para descobrir o que havia ocorrido. Cerca de quinze imperiais marinheiros tentaram desembarcar dando “Vivas ao Imperador”, mas foram rechaçados pelas tropas revoltosas e em seguida aprisionados.
O grupo de marinheiros tentou invadir o paço Imperial para, se possível resgatar a família Imperial da prisão e do banimento iminente.
Mallet retornou ao prédio e, mentindo afirmou a Pedro II que eram republicanos exaltados que tentavam atacar a ele e sua família. Assim, o imperador aceitou partir. Em 17 de novembro de 1889, D. Pedro II foi para o Exílio com a Família Imperial para Portugal. O golpe de Estado que instaurou a República no Brasil não foi bem aceita pelos militares da Armada Imperial. No período conhecido como Republica da Espada, ficou latente a participação da Marinha em conspirações e revoltas contra o governo, culminando na Revolta da Armada e na Revolução Federalista, que teve o protagonismo de muitos marinheiros adeptos da restauração monárquica.
Todas as tentativas restauradoras foram esmagadas pelo governo republicano. Os oficiais monarquistas de alta patente foram presos, ou banidos ou fuzilados sem o devido processo legal, e seus subordinados sofreram "penas cruéis".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.