26 de jan. de 2021

Acordo entre Nações Unidas e Agência Espacial Brasileira busca ampliar a participação de mulheres e jovens em carreiras de ciência e tecnologia

Além de ações educacionais para a formação de cientistas, a iniciativa tem o objetivo de fomentar o "New Space” no mercado do país

A Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) firmaram, no dia 31 de dezembro de 2020, um acordo de cooperação técnica internacional voltado para o incremento do Programa Espacial Brasileiro (PEB), com ações previstas até 2024. Para este período, a proposta indica uma série de ações direcionadas ao aperfeiçoamento das políticas de regulação, incentivo industrial, desenvolvimento de competências e carreiras no setor aeroespacial. Entre elas, monitoramento, comunicação e avaliação de resultados, ampliação e utilização de soluções brasileiras, ações educacionais de incentivo nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática (STEAM).

A participação feminina no PEB também integra os objetivos da medida. Pretende-se impulsionar a participação de meninas e jovens mulheres, que optaram por atuar nas áreas de ciência e tecnologia, para que continuem o desenvolvimento de suas habilidades. A formação de mulheres no campo das ciências astronáuticas faz parte das projeções do programa Artemis, desenvolvido pela Agência Espacial Americana (NASA), do qual o Brasil é signatário. A expectativa para o programa é que, até 2024, a primeira mulher possa integrar a tripulação que irá fazer um novo pouso em solo lunar.

New Space

A exemplo das tendências mundiais aplicadas ao mercado espacial, a iniciativa ainda propõe estímulos para ampliar a atividade do “New Space” no Brasil, a partir do fortalecimento das relações entre as instituições públicas e privadas do setor, com a promoção da capacitação técnica e profissional e da autonomia tecnológica e industrial.

Segundo o presidente da AEB, Carlos Moura, o acordo contribuirá para o reposicionamento das políticas nacionais para exploração espacial, com o equilíbrio dos investimentos e condições para exequibilidade de projetos para o setor. “A Agência tem a competência para agir como indutor e intensificar o desenvolvimento tecnológico de ponta em diversas cadeias produtivas. Com este acordo e as potencialidades para ingressarmos nas práticas internacionais, como o New Space, teremos condições de ampliar, por exemplo, a atuação nacional para o uso de nanotecnologia, por meio de startups. Essas diretrizes poderão trazer crescentes retornos para o país, incluindo a criação de empregos diretos ou indiretos e do fornecimento de novos serviços tecnológicos”, destacou.

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