Alas 1, 8 e 9 oferecem infraestrutura 24 horas por dia e sete dias por semana, em atendimento às necessidades de enfrentamento à pandemia
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Tenente-Coronel Santana
A ação teve início no dia 17 de janeiro e conta com a atuação da empresa White Martins. Há oito dias em operação, a distribuição dos tanques de oxigênio tem como destino a Ala 8, em Manaus (AM). O foco é abastecer os hospitais que sofrem com a falta do insumo para tratar pacientes com o novo Coronavírus.
O Comando-Geral de Apoio (COMGAP), diante da situação crítica que o povo manauara enfrenta, opera em duas frentes para atender às demandas. De acordo com o Comandante-Geral de Apoio da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, a primeira frente ocorre por meio da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), que trabalhou para disponibilizar as aeronaves KC-390 Millennium, C-130 Hércules, C-105 Amazonas e C-99 para o cumprimento das missões. "As aeronaves são utilizadas para fins de atendimento às necessidades de enfrentamento à pandemia da COVID-19, o que inclui mas não se resume ao transporte de pacientes, oxigênio e insumos", explica o Oficial-General.
Em complemento, a segunda frente é realizada por meio do Centro Logístico da Aeronáutica (CELOG), que coordenou junto à White Martins e ao Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) uma linha de suprimento de oxigênio líquido. "Inicialmente, a logística envolvia a Base Aérea de São Paulo (BASP) e a Ala 8, em Manaus. Atualmente, a Ala 1, em Brasília (DF), centraliza a distribuição para Manaus, fornecendo 25 mil m³ de oxigênio diariamente. Além disso, por meio da implementação do transporte de ISO containers de Belém para Manaus, esse fornecimento poderá atingir a marca de 55 mil m³ por dia", destaca o Comandante do COMGAP.
A Organização Militar, subordinada ao Comando de Preparo (COMPREP), está diretamente ligada à operação por meio do setor Posto do Correio Aéreo Nacional de Brasília (PCAN-BR), responsável pelo gerenciamento do transporte de cargas e passageiros. Para atender às demandas, foi montada uma infraestrutura capaz de dar o suporte necessário, com a criação de três equipes, compostas por integrantes da Ala e técnicos da White Martins, para atuar, diuturnamente, no descarregamento dos cilindros das aeronaves, abastecimento dos cilindros e o carregamento nas aeronaves.
Até a manhã desta segunda-feira (25), foram transportados cerca de 140 mil m³ de oxigênio líquido para Manaus, em 21 voos partindo de Brasília, sendo 14 com a aeronave C-130 Hércules e sete com o KC-390 Millennium. O Chefe do Estado-Maior da Ala 1, Coronel Aviador Antonio Marcos Godoy Soares Mioni Rodrigues, comentou que a situação crítica em que Manaus se encontra fez com que todos se unissem para ajudar. “Poder contribuir com uma pequena parte dessa ajuda deixa todos os militares envolvidos com um senso de cooperação e de espírito de corpo bastante aguçados. Realmente é um orgulho para todos fazer parte desse grupo que está fazendo o máximo para salvar vidas”, destaca o Oficial.
Com a autorização do seu Comando Superior, o COMPREP, a Ala 9 também tem apoiado missões de Transporte Aéreo Logístico da Operação COVID-19. Desde o dia 8 de janeiro, o Posto CAN de Belém (PA) já movimentou para Manaus mais de 635 cilindros de oxigênio, três contêineres isotanques, quatro respiradores, quatro monitores de sinais vitais e quatro ventiladores respiratórios. Recebeu, também, mais de 20 pacientes que foram transferidos para hospitais da capital paraense, além de ter registrado o transporte de equipes médicas pelo interior da Amazônia e de 31 mil doses da vacina CoronaVac para Macapá. Para atender à demanda, mais de 60 militares estão engajados na missão.
O Comandante da Ala 9, Coronel Aviador Ricardo Bevilaqua Mendes, destaca o momento de apoio e integração com a sociedade. “Nosso efetivo está de sobreaviso permanente e vigilante para cumprir essas missões que buscam minimizar o cenário da pandemia não só no nosso vizinho Amazonas, mas em todo o território nacional”, destacou o Oficial.
Foi demandado, para atuação na Operação COVID-19, apoio reforçado por parte do Posto CAN da Ala 8, Organização também subordinada ao COMPREP. A equipe precisou ser redimensionada com mais militares, trabalhando 24 horas por dia, tendo sido designado um espaço físico na área operacional para que fosse feita a transferência do oxigênio líquido para o caminhão da empresa que fornece o produto para os hospitais da cidade. Tal processo leva em média oito horas para se completar e ocorre diariamente. Foram transportadas, ainda, duas usinas de oxigênio, destinadas às cidades de Manaus e de Parintins, no estado do Amazonas.
Operação COVID-19
As ações envolvem descontaminação de espaços públicos, doações de sangue, transporte de medicamentos e equipamentos de saúde, dentre outras. Na execução dessas atividades, os militares atuam organizados em dez Comandos Conjuntos que cobrem todo o território nacional, bem como no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Esses Comandos reúnem militares das três Forças que desenvolvem esforços no cumprimento das missões.
Acompanhe a página especial sobre a atuação da FAB na Operação COVID-19.
Fotos: Elos do Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica (SISCOMSAE)
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