Após alegações de que a Parler foi usada por desordeiros para incitar ou mesmo planejar o caos mortal no Capitólio dos Estados Unidos, o aplicativo de mídia social se tornou um dos principais alvos dos maiores nomes da Big Tech.
Em pouco tempo, a plataforma foi removida da Apple App Store e da Google Play Store, deixando os usuários de iPhone e dispositivos Android incapazes de baixar o aplicativo em meio ao aumento repentino em sua popularidade. Posteriormente, a Amazon Web Services suspendeu o serviço de hospedagem do site, juntando-se à Apple e ao Google na acusação de que a Parler não cumpriu seu dever de moderar o conteúdo postado na plataforma.
O CEO da Parler, John Matze, denunciou a proibição da Big Tech como um “ataque coordenado pelos gigantes da tecnologia para eliminar a concorrência no mercado”.
“Somos a coisa mais próxima da concorrência que o Facebook ou o Twitter viu em muitos anos”, disse Matze.
“Acredito que Amazon, Google, Apple trabalharam juntos para tentar garantir que não houvesse concorrência”, pontuou.
Embora o site permaneça off-line, a empresa registrou seu domínio e servidor com a Epik, outra empresa de soluções de internet.
A Epik logo divulgou um comunicado esclarecendo que ainda “não teve nenhum contato ou discussão com a Parler de qualquer forma a respeito de nossa organização se tornar seu registrador ou provedor de hospedagem”.
“Pelo que entendemos, a Parler estava trabalhando para atender aos termos solicitados por vários elementos de sua cadeia de suprimentos e, até o momento, nenhuma comunicação foi recebida por eles para discussão sobre a futura prestação de serviços”, disse o Vice-Presidente Sênior de Comunicações Robert Davis em uma longa declaração sobre a Parler.
Embora confirmem que rede social comprou serviços da Epik, parece que nenhuma das empresas ainda entrou em acordo para hospedar a plataforma.
No entanto, a Epik defendeu abertamente a Parler e todos os direitos de liberdade de expressão em sua declaração, concordando com Matze que a plataforma tem sido um alvo implacável.
“Quando se trata de Parler, fica claro que existe um padrão artificial que muitos agora desejam aplicar. O impressionante tamanho do Twitter e do Facebook por si só tornou a mudança real ou a responsabilidade quase impossível, já que os interesses e objetivos políticos de seus próprios executivos acabam criando um padrão duplo inegável para o policiamento e a fiscalização. No último ano, os efeitos disso foram sentidos por milhões de pessoas, já amedrontadas, enquanto nossa nação se deparava com ondas de violência sem precedentes contra a vida e a propriedade”, informa a nota.
Até o momento, ainda não está claro exatamente quando a Parler estará funcionando. Porém, o site da rede social voltou ao ar com recado do seu fundador, que prometeu retorno em breve.
“Agora parece o momento certo para lembrar a todos vocês – amantes e odiadores – por que começamos esta plataforma”, escreveu Matze.
“Acreditamos que a privacidade é fundamental e a liberdade de expressão essencial, especialmente nas redes sociais. Nosso objetivo sempre foi fornecer uma praça pública apartidária onde os indivíduos possam desfrutar e exercer seus direitos a ambos. Resolveremos qualquer desafio diante de nós e planejamos recebê-los de volta em breve. Não vamos deixar o discurso civil perecer!”, completou.
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