Trata-se de um vírus chamado Langya, de origem animal, que não teria transmissão entre humanos
De acordo com a publicação, entre os principais sintomas, estão febre, cansaço, tosse, dores de cabeça, dores musculares e náuseas. Não há sinais de que seja transmitido entre humanos e não houve registro de morte.
O artigo diz que “um henipavírus filogeneticamente distinto, denominado Langya henipavirus (LayV), foi identificado em uma amostra de swab de garganta de um paciente por meio de análise metagenômica e vírus subsequente isolamento”.
Ao continuarem as investigações, observaram “35 pacientes com infecção aguda por LayV nas províncias de Shandong e Henan, da China, entre os quais 26 foram infectados apenas com LayV (nenhum outro patógeno estava presente)”.
Os pesquisadores também tentaram buscar os possíveis animais que teriam transmitido o vírus para as pessoas, já que não é um patógeno que circula entre humanos. Eles encontraram o material genético do vírus em três das 168 cabras analisadas e em quatro dos 79 cães examinados.
Ao expandir a análise para pequenos animais selvagens, o material genético do vírus Langya foi achado em 71 musaranhos (pequeno mamífero que se alimenta de insetos) dos 262 analisados, o que corresponde a 27% do total. Isso sugere, dizem os autores, “que o musaranho pode ser um reservatório natural desse agente”.
O grupo de pesquisadores também informa que não há transmissão entre humanos relatada para o vírus Nipah, da mesma família, e minimiza essa possibilidade para o Langya. “Não houve contato próximo ou histórico de exposição comum entre os pacientes, o que sugere que a infecção na população humana pode ser esporádica. O rastreamento de nove pacientes com 15 familiares de contato próximo não revelou transmissão de LayV de contato próximo, mas nosso tamanho de amostra era muito pequeno para determinar o status da transmissão de humano para humano para LayV”, afirmam.
Em Taiwan, o vice-diretor-geral do Centro de Controle de Doenças, Chuang Jen-hsiang, afirmou ao jornal Taipei Times que, apesar de não haver indícios da transmissão entre pessoas, o território irá trabalhar no desenvolvimento de um teste de material genético para detectar o vírus.
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