Presidente Javier Milei tomou posse com um plano de “choque” fiscal, como a eliminação por decreto de fundos fiduciários milionários
Fontes oficias da Argentina informaram que o país registrou um superávit financeiro de 518,408 bilhões de pesos argentinos (cerca de US$ 620 milhões) em janeiro, como resultado de um superávit primário e do pagamento de juros da dívida pública. A informação foi comunicada nesta sexta-feira, 16. Este é o primeiro resultado positivo do país desde agosto de 2012 e, em um mês de janeiro, desde 2011. Os dados do Ministério da Economia mostram que no primeiro mês deste ano, a Argentina registrou um superávit primário de 2,01 trilhões de pesos argentinos (US$ 2,408 bilhões), em que as receitas totais atingiram 6,1 trilhões (US$ 7,361 bilhões), um aumento de 256,7% em relação ao ano anterior. As receitas tributárias cresceram 256,9% devido ao desempenho do comércio exterior e da atividade econômica interna da Argentina.
Os cortes acentuados nos gastos públicos que vêm sendo realizados pelo presidente Javier Milei podem estar relacionados a estes resultados. O chefe do Executivo tomou posse com um plano de “choque” fiscal, como a eliminação por decreto de fundos fiduciários milionários. Os gastos de capital (energia, transporte, educação, moradia, água potável e esgoto, entre outros) caíram 50,3% ao ano em termos líquidos, mas se for levada em conta a evolução da inflação, de 254% ao ano em janeiro, a queda em termos reais é maior. No último mês do ano, o déficit primário da Argentina foi de US$ 2,384 bilhões, enquanto o déficit financeiro foi de US$ 6,383 bilhões, e em todo o ano de 2023 o PIB do país caiu 2,9%.
*Com informações da EFE
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