30 de nov. de 2021

Emprego aumenta no Brasil e taxa de desocupados recua

O número de pessoas em busca de trabalho no país caiu para 13,5 milhões; os ocupados chegaram a 93 milhões no 3º trimestre

O trabalho informal puxou o crescimento da ocupação no país | Foto: Helena Pontes/Agência IBGE

Guilherme Lopes - O emprego aumentou no Brasil. Com isso, a taxa de desempregados recuou para 12,6% no terceiro trimestre deste ano, depois de ter atingido 14,2% no segundo trimestre.

O número de pessoas em busca de trabalho no país caiu para 13,5 milhões, enquanto os ocupados chegaram a 93 milhões.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho”, disse a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

O porcentual de pessoas em idade de trabalhar que estão no mercado de trabalho, chegou a 54,1%. No trimestre passado, estava em 52,1%.

Segundo o IBGE, a informalidade responde por 54% do crescimento da ocupação. Entre as categorias de emprego que mais cresceram frente ao trimestre anterior estão os empregados do setor privado sem carteira assinada (10,2%), que somaram 11,7 milhões de pessoas.

O número de trabalhadores domésticos chegou a 5,4 milhões, aumento de 9,2%, o maior desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.

“A categoria dos empregados domésticos foi a mais afetada na ocupação no ano passado e, nos últimos meses, há uma expansão importante”, afirmou a pesquisadora.

Também houve crescimento no contingente de trabalhadores por conta própria (3,3%). São 25,5 milhões de pessoas nessa categoria, o maior número desde o início da série histórica da pesquisa.

Comércio gerou mais emprego

O aumento na ocupação também está relacionado principalmente às atividades de comércio (7,5%), com 1,2 milhão de trabalhadores a mais, indústria (6,3%, ou 721 mil pessoas), construção (7,3%, ou 486 mil pessoas) e serviços domésticos (8,9%, com adição de 444 mil pessoas).

O rendimento real habitual caiu 4% em relação ao segundo trimestre, para R$ 2.459. Ante o mesmo período do ano passado, o recuo foi de 11,1%.

De acordo com Beringuy, esses números indicam que o aumento da ocupação foi puxado por postos de trabalho com salários menores.

“Há um crescimento em ocupações com menores rendimentos e também há perda do poder de compra devido ao avanço da inflação”, explicou.

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