O NanosatC-Br2 faz parte do Programa NanosatC-Br, que teve financiamento da AEB/MCTI, por meio de um Termo de Execução Descentralizada com a UFSM. Foram investidos, pela AEB/MCTI, mais de R$ 1 milhão para o lançamento, parte do equipamento e operação do NanoSatC-Br2, e monitoramento e pesquisa com os satélites NanoSatC-Br1 e 2.
O programa é essencialmente composto por alunos de graduação, bolsistas e professores da UFSM que atuam em cooperação e parceria com pesquisadores, tecnologistas e alunos dos cursos de pós-graduação em Geofísica Espacial, Engenharia e Tecnologias Espaciais ligados ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI). A coordenação é realizada pelo professor e diretor do Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria (LACESM/UFSM), Dr. Andrei Piccinini Legg.
O principal objetivo do programa é a capacitação de recursos humanos para pesquisa espacial brasileira com desenvolvimento de engenharias e tecnologias espaciais na forma de cubesats (nanossatélites que seguem um padrão modular em cubos de 10 cm de aresta). Os dados colhidos pelo NanoSatC-Br2 serão estudados e comparados com os dados já obtidos pelo NanoSatC-Br1 (que está em órbita desde 2014) e por outros satélites internacionais, disponibilizados via cooperação internacional.
Esse mapeamento geomagnético, com dados de satélites brasileiros, coloca o país em posição de destaque no levantamento de dados espaciais, assim como colabora para desenvolver pesquisas na área espacial e de desenvolvimento de engenharias e tecnologias espaciais de nanossatélites. Além disso, o programa contribui diretamente para o fortalecimento da capacidade tecnológica do país, uma vez que, com a validação no espaço das tecnologias brasileiras embarcadas nos nanossatélites, poderão ser utilizadas em outras missões, inclusive de satélites de maior porte.
Para a AEB/MCTI, o principal retorno é o envolvimento direto de jovens lideranças e de estudantes que estejam vinculados a projetos de P&D no setor espacial, participando de todas as fases do ciclo de vida de um satélite. Segundo o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento, Paulo Barros, o Programa NanoSatC-Br cumpre seu objetivo de desenvolver capacidade espacial no Brasil e de motivar jovens estudantes a participarem de projetos espaciais.
“O projeto, conduzido pela UFSM, permitiu participação dos envolvidos em todas as fases, desde sua especificação até sua operação”, destaca o diretor.
O programa, que é pioneiro no país no lançamento de satélites de pequeno porte, é caracterizado pelo desenvolvimento de missões com foco científico, tecnológico e educacional. Atualmente, conta com o NanoSatC-Br1 e o NanoSatC-Br2, que se encontram em órbita. O NanoSatC-Br3 está em fase inicial de concepção.
Hoje, além da atuação da Universidade Federal de Santa Maria no programa NanoSatC-Br, outras duas instituições têm parceria com a AEB para desenvolvimento de nanossatélites: as Universidades Federais do Maranhão (UFMA) e de Minas Gerais (UFMG). Ambas as iniciativas têm foco na formação de pessoas capacitadas ao desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.