31 de mar. de 2021

China faz aporte milionário em sindicatos brasileiros

Partido Comunista informa que o dinheiro será destinado a políticas de enfrentamento da covid-19

Desde a aprovação da reforma trabalhista, em 2017, o chamado imposto sindical deixou de ser obrigatório
Foto: Divulgação/Flickr

Cristyan Costa - O Fórum das Centrais Sindicais do Brasil recebeu US$ 300 mil (R$ 1,7 milhão, na cotação atual) do Partido Comunista da China (PCC). A entidade nacional reúne CSB, CUT, Força Sindical, UGT, CTB e NCST. Conforme o governo estrangeiro, o dinheiro será destinado às ações de enfrentamento do surto de covid-19. O aporte internacional foi feito por meio da Federação dos Sindicatos da China, ligado ao PCC.

“Os sindicatos dos dois países insistiram em pôr a saúde e a segurança dos trabalhadores e dos povos em primeiro lugar, eliminando todos os tipos de ruído político e realizando ativamente a cooperação pragmática, o que serve como um exemplo da cooperação no combate à pandemia para o movimento sindical internacional”, informou Jiang Guangping, vice-presidente da organização asiática, em carta divulgada na segunda-feira 29.

De acordo com as entidades sindicais brasileiras, os recursos serão utilizados para fins de assistência social, como a compra de cestas básicas.

ATUAÇÃO DOS SINDICATOS

Reportagens da Revista Oeste mostraram as mais recentes ações dos sindicatos brasileiros. Uma delas é apostar em campanhas publicitárias na grande mídia de modo a prejudicar iniciativas do governo federal. A CUT, por exemplo, investiu pesado em campanhas antiprivatização e, mais recentemente, contra a reforma administrativa.

RECURSOS ESCASSOS

Desde a aprovação da reforma trabalhista, em 2017, o chamado imposto sindical deixou de ser obrigatório. Um ano após a aprovação da medida pelo governo Michel Temer, as entidades perderam 90% da contribuição, que caiu de R$ 3,64 bilhões, em 2017, para R$ 500 milhões, em 2018. Em agosto de 2020, 3 milhões de pessoas tinham deixado de ser sindicalizadas.

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