28 de mar. de 2021

Democrata chama Bolsonaro de genocida e defende intervenção dos EUA no Brasil Militar Pam Keith é da Flórida

Tentou ser deputada em 2020

Perdeu, mas tem influência local

Youtuber Felipe Neto respondeu

A democrata Pam Keith defendeu a intervenção em sua conta no TwitterReprodução/Twitter - 28.mar.2021

A interpretação de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, é genocida por causa da forma como lida com a pandemia, defendida pelas siglas de oposição, ultrapassou as fronteiras brasileiras e chegou a ao menos uma integrante do Partido Democrata dos Estados Unidos. Baseada na Flórida, Pam Keith está defendendo até mesmo intervenção norte-americana no Brasil.

Pam Keith disse isso em sua conta no Twitter no sábado (27.mar.2021). “Bolsonaro é um bruto corrupto, genocida, incompetente”, escreveu. Na véspera, havia tuitado que a situação da pandemia no Brasil é um problema sério e que os Estados Unidos deveriam liderar uma intervenção internacional.

O produtor de conteúdos e influencer Felipe Neto responder à deputada na manhã deste domingo (28.mar.2021) pedindo ajuda. “Por favor, faça essa mensagem chegar ao [presidente dos EUA] Joe Biden e à [vice-presidente dos EUA] Kamala Harris“, escreveu Neto em seu perfil de Twitter. Afirma também: “Nosso presidente está matando nossas pessoas desde o dia 1“.

O influencer é critico do governo Bolsonaro. Em julho de 2020, um vídeo dele foi publicado no jornal norte-americano The New York Times. Na peça, feita antes de Joe Biden ser eleito, Neto afirma:“Trump é ruim, mas Bolsonaro é pior”.

A revista norte-americana Time elegeu Neto, em setembro de 2020, uma das 100 personalidades mais influentes do mundo. O canal no YouTube dele tem 42 milhões de inscritos.

Depois da resposta do produtor de conteúdos brasileiro à democrata norte-americana, Tercio Arnaud Tomaz, assessor especial de Bolsonaro, retuitou o tweet de Neto com uma risada. “Kkkkkkkkk“, escreveu o assessor em seu perfil de Twitter nesta tarde ao compartilhar a postagem de Neto.

Leia os tweets a seguir. O Poder360 colocou abaixo de cada imagem a tradução para o português.

“Estou repetindo meu alerta de que a crise da covid no Brasil é um problema sério. A falta de liderança de Bolsonaro está criando uma crise de saúde e econômica, coroado com um escândalo político de proporções épicas. Os EUA precisam ser proativos e liderarem uma intervenção internacional”

“Eu não posso exagerar o quão séria a questão da crise no Brasil está ficando. Bolsonaro é um bruto corrupto, genocida, incompetente. As consequências disso podem ser horríveis. Intercessão internacional é necessária, AGORA!”

“Cara Pam, por favaor, nos ajude… Eu fiz esse vídeo com o [jornal norte-americano] New York Times ano passado, eu imploro a você que o assista. Nós precisamos de ajuda. Por favor, faça essa mensagem chegar ao [presidente dos EUA] Joe Biden e à [vice-presidente dos EUA] Kamala Harris – nosso presidente está matando nossas pessoas desde o dia 1”

A DEMOCRATA PAM KEITH

Em 2020, ela concorreu a uma vaga de deputada federal pelo 18º distrito da Flórida. Teve 41,5% dos votos e perdeu para o republicano Brian Mast, que teve 56,3%. Pam Keith serviu na Marinha dos EUA de 1995 a 1999. As informações são do site americano BallotPedia.

Nos Estados Unidos, os 435 assentos da Câmara dos Deputados são preenchidos pelo sistema distrital. São eleitos os candidatos mais votado de cada um dos 435 distritos.

O fato de Pam Keith ter sido derrotada não elimina sua importância entre eleitores locais que preferem o Partido Democrata, daí ser relevante sua postagem nas redes sociais sugerindo intervenção no Brasil.

PANDEMIA NO BRASIL

A escalada das mortes pelo coronavírus no Brasil foi destaque na imprensa norte-americana neste sábado. O jornal The New York Times, o mais importante do mundo, publicou e deu destaque a reportagem sobre o colapso do sistema de saúde brasileiro.

Até agora ao menos 310.550 pessoas foram mortas pelo vírus no Brasil. O número de vitimas registradas por dia tem batido recordes. Na 6ª feira (26.mar.2021) e no sábado (27.mar) ficou acima de 3.000.

Os Estados Unidos são o único país com mais mortos do que o Brasil em números absolutos, segundo o site Worldmeters, com 562.063 vítimas. O número de novos casos e novas mortes por dia, porém, vem em forte queda.

Bolsonaro minimizou a pandemia em diversos momentos, assim como o ex-presidente dos EUA Donald Trump. Em 20 de janeiro o republicano Trump deixou a Casa Branca. Deu lugar ao democrata Joe Biden.

A mudança tirou de Bolsonaro sua principal referência global e reduziu o respaldo internacional a suas políticas. O Partido Democrata, pelo qual Pam Keith disputou vaga na Câmara dos Deputados em 2020, é crítico a outras políticas de Bolsonaro além da forma de lidar com a pandemia. Por exemplo, em relação ao meio ambiente.

Num outro sinal de que a imagem brasileira durante a pandemia no exterior se deteriora, Ian Bremmer, integrante da empresa de consultoria Eurasia, publicou em sua conta pessoal no Twitter uma avaliação negativa do desempenho de Jair Bolsonaro, dizendo que o Brasil oferece a “pior resposta gerencial” à crise do coronavírus entre “qualquer grande economia”. 

Para ilustrar sua postagem, Bremmer usou uma fotografia de Bolsonaro no momento em que o presidente colocava uma máscara, quando o equipamento ainda estava sobre os olhos:

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