O Ibovespa disparou 1.000 pontos em apenas quatro minutos assim que o governo apresentou a idade mínima e o tempo de transição da proposta
Jair Bolsonaro
A reação do mercado ao anúncio do governo dos primeiros pontos definidos da reforma da Previdência foi de grande euforia. Em um dia que até então era bastante volátil, o Ibovespa disparou 1.000 pontos em apenas quatro minutos assim que o governo apresentou a idade mínima e o tempo de transição do projeto escolhido por Jair Bolsonaro.
Às 17h07, o índice operava em 96.398 mil pontos, arrancando para 97.326 pontos às 17h11 conforme o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho apresentava os primeiros números da reforma. Do início do rali até o fechamento o benchmark da bolsa disparou 1.800 pontos, encerrando em 98.015 pontos, com alta de 2,27%.
Segundo Marinho, a proposta coloca um período de 12 anos de transição, ao fim do qual a idade mínima ficará em 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres. Confira a reação do Ibovespa após a notícia:
O dólar também teve uma forte reação ao anúncio. O contrato futuro com vencimento em março, que passou boa parte do dia em alta, já operava no negativo, mas de forma discreta. A moeda então passou a cair forte (veja abaixo). Vale ressaltar que o dólar comercial fechou pouco antes da notícia, não refletindo a euforia com a reforma.
Segundo o Estadão, Bolsonaro queria uma idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens, com uma transição mais longa. Por outro lado, o ministro Paulo Guedes defendia idades mínimas iguais de 65 anos e uma transição de apenas 10 anos. O texto final acabou ficando em um meio termo entre as duas propostas.
A proposta ainda deve demorar uma semana para ir ao Congresso porque precisa ser avaliada por outras instâncias dentro do governo para verificar, por exemplo, se existe alguma inconstitucionalidade no texto. É possível que até sua assinatura a reforma ainda passe por alguma pequena mudança.
O secretário afirmou que o presidente deve assinar a proposta na próxima quarta-feira, dia 20 de fevereiro. No mesmo dia, o texto será entregue ao Congresso e serão revelados os detalhes, com um pronunciamento feito por Bolsonaro. Marinho disse esperar que a proposta seja "brevemente" aprovada pelo Congresso Nacional. "O Brasil precisa e tem pressa de voltar a crescer".
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