8 de ago. de 2022

Jornalista defende atear fogo a Bolsonaro e Eduardo reage

Homem fez apologia da violência contra apoiadores do presidente

O jornalista Eduardo Bueno, durante uma entrevista veiculada em 2021 | Foto: Reprodução

Cristyan Costa - Na semana passada, voltou a circular nas redes sociais uma entrevista polêmica de 2021 com o jornalista Eduardo Bueno. Imagens mostram o homem atacando o presidente Jair Bolsonaro e proferindo ofensas contra seus apoiadores.

“Tô cansado desse filho da puta e das pessoas que votaram nesse cara”, disse Bueno. “Essa gente tem de ser linchada. Tem que partir para a guerra, para o confronto. Tem de queimar o Palácio do Planalto. Tem de pôr fogo nele.”

No sábado 6, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou nas redes sociais, depois da repercussão do episódio. “Tacar fogo no presidente?”, escreveu. “Inquérito no STF? Antidemocrático? Que nada, para eles isso é defesa da democracia. Querem Bolsonaro, mas ele seria apenas o primeiro. Depois dele virão atrás de mim e de você. Já conhecemos o ‘modus operandi’.”

O parlamentar fez alusão às investigações criminais abertas pelo Supremo Tribunal Federal, que prendeu conservadores. Juristas ouvidos por Oeste afirmam que a Corte não tem o direito de conduzi-las.

Moraes manda prender homem que criticou Lula e o STF

No fim do mês passado, o ministro do STF Alexandre de Moraes mandou prender Ivan Rejane Forte Boa Pinto, de 46 anos. Isso porque o homem prometeu “caçar” o ex-presidente Lula.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Ivan diz: “As tchutchucas do PT estão em desespero porque sabem que nós da direita vamos fazer o maior 7 de Setembro da história. É o STF que rasga a Constituição e eu tenho o direito de chamar todos esses caras de vagabundos e mentirosos”.

Ao prender Ivan, Moraes argumentou que as declarações do homem “se revestem de convocação de terceiros não identificados, com união de desígnios, para utilização abusiva dos direitos de reunião e liberdade de expressão, para atentar contra a democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, ignorando a exigência constitucional das reuniões serem lícitas e pacíficas”.

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