O jornalista Augusto Nunes analisa Cuba e o Cameraman, do diretor norte-americano Jon Alpert, que estreou na Netflix em 2017
Em artigo publicado na Edição 71 da Revista Oeste, o jornalista Augusto Nunes analisa o documentário Cuba e o Cameraman, do diretor norte-americano Jon Alpert, que estreou na Netflix em 2017 e foi, curiosamente, escondido pela plataforma e ignorado pelos jornais da imprensa tradicional brasileira.
Leia um trecho:
“Documentaristas interessados no resgate de períodos históricos vivem derrapando em roteiros que enfileiram entrevistas cara a cara tão excitantes quanto um desfile militar na Bolívia. Alpert reconstituiu a trajetória de Cuba entre os anos 70 e a morte de Fidel amparado num microcosmo composto de interlocutores selecionados com argúcia e sensibilidade — e dividido em três núcleos. Os irmãos Borrego são agricultores que aram a terra com juntas de bois.
O negro Luis Amores e seus amigos sobrevivem com transações comerciais situadas na difusa fronteira que separa a contravenção do crime. E Caridad tenta resistir ao lado do casal de filhos à desesperança que começou com a renúncia ao sonho de prosperar como enfermeira.
Os diálogos e imagens resultantes das visitas aos vértices desse triângulo e das conversas com Fidel fazem de Cuba e o Cameraman o mais soberbo, tocante, honesto e revelador documentário sobre a Era Fidel.”
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