27 de ago. de 2021

Programa COBRA – Exército avalia sistema TORCH-X Dismounted

O sistema Sistema Torch-X Dismounted sendo testado pelo 1º BIS (Imagem: AEL)

Paulo Roberto Bastos Jr.  - No mês de julho, o Exército Brasileiro (EB) promoveu testes operacionais do sistema de comando e controle (C2) para o Programa Sistema Combatente Brasileiro (COBRA). A ação teve como objetivo avaliar os rádios e o sistema de apoio à decisão que compõem o Sistema Torch-X Dismounted, apresentado pela AEL Sistemas e desenvolvido pela Elbit Systems. O trabalho foi conduzido pelo Comando de Operações Terrestres (COTER), juntamente com militares do Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX).

Para operacionalizar a missão, foram selecionadas duas organizações militares de tropa: o 1º Batalhão de Infantaria de Selva Aeromóvel (1° BIS Amv), sediado em Manaus (AM), e o 5º Batalhão de Infantaria Leve (5º BIL), sediado em Lorena (SP). Durante os testes, particularmente, foram avaliados os rádios E-LynX Hand-Held HH7200, E-LynX PNR-1000, o tablet robustecido RAPTOR MKII-PRO e o sistema de C2 TORCH-X, que compõem o Sistema TOCH-X Dismounted.

Tablet robustecido RAPTOR MKII-PRO (Imagem: AEL)

Os testes do 1º Batalhão de Infantaria de Selva ocorreram na Base de Instrução nº 4, no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), na periferia de Manaus. Militares do COTER e da CCOMGEX acompanharam os testes em ambiente de selva, realizados por soldados da 2ª Companhia de Fuzileiros do 1º BIS, contando com o apoio em campo de uma equipe da AEL.

Na avaliação do Major Benzi, do COTER, “a atividade foi de suma importância, pois possibilitou comprovar as capacidades do sistema para a comunicação interna do pelotão, em ambiente de selva e em operações ribeirinhas, auxiliando nas definições do futuro sistema de C2 do COBRA”.

O capitão Sampaio de Melo, comandante da companhia que realizou a avaliação, comentou que “o equipamento desenvolvido pela AEL proporciona aos comandantes das pequenas frações um avanço significativo no contexto da função de combate Comando e Controle, uma vez que dentre outros fatores, oferece a estes uma consciência situacional que até então vinha sendo algo ineficiente no âmbito das Forças Armadas. O fato de um comandante saber onde se encontram suas peças de manobra durante o combate em tempo real é uma ferramenta primordial para garantir o sucesso na missão”.

As provas do 5º BIL ocorreram na região de Piquete e Lorena, onde, durante os testes, os equipamentos foram utilizados no contexto do Exercício Aratu II. O Pelotão de Fuzileiros pôde empregar o equipamento durante um ataque coordenado, uma marcha para o combate, um ataque local e patrulhas – tudo no contexto de operações de amplo espectro em ambiente urbano e rural, com predominância de morros e ravinas.

O Sistema Torch-X Dismounted durante o Exercício Aratu II, utilizado pelo 5º BIL  (Imagem: AEL)

Todo o caso impõe desafios para as comunicações, devido à presença de obstáculos.

O Capitão Canzi, responsável pelo exercício, destacou que “o emprego do sistema foi importante para o planejamento e a coordenação da manobra da fração, além da coordenação de fogos e o levantamento de informações de inteligência para o escalão superior, possibilitando o aumento da consciência situacional do Comandante de Pelotão”.

O TORCH-X Dismounted é uma solução modular e flexível, oferecendo várias configurações, desde os soldados aos comandantes de pelotão, atiradores e observadores avançados, permitindo a integração com diferentes tipos de sensores, e possibilitando a configuração de acordo com os objetivos de cada missão. Esse sistema já está em uso em vários países do mundo, como Israel, Holanda, Espanha e Austrália. No Brasil, já está em uso pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha.

Programa COBRA

O objetivo do Programa COBRA (Combatente Brasileiro) é fornecer aos combatentes individuais equipamentos, armas e sistemas adequados à sua atuação nos diferentes ambientes operacionais, buscando a obtenção de materiais adaptáveis, flexíveis e modulares, possibilitando maximizar sua letalidade seletiva, proteção individual e consciência situacional.

Fonte: AEL Sistemas

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