F-15EX para Ucrânia?

É o que diz ex-chefe da empresa ucraniana Antonov

Fernando Valduga  - A Força Aérea Ucraniana (UAF), que pretende substituir seus MiG-29s e Su-27s da era soviética, deve optar pelo F-15EX em vez do caça stealth F-35, de acordo com o ex-projetista-chefe da Empresa Estatal Antonov, Alexander Los.

De acordo com Los, devido a um campo de radar contínuo do exército russo, que já é capaz de capturar objetos imperceptíveis, as características furtivas do F-35 não são grandes vantagens.

“Devemos entender que o mesmo F-35 não virá para a Ucrânia, mesmo que nos tornemos membros da OTAN. Porque estamos na fronteira com a Federação Russa, um campo de radar contínuo do exército russo, que já é capaz de capturar objetos imperceptíveis”, disse Los em entrevista ao portal de notícias ucraniano Defence Express.

A compra de aeronaves fabricadas nos EUA aumentaria a interoperabilidade da Ucrânia com a OTAN, extremamente importante para uma nação que tem a fronteira mais longa com a Rússia.

Ele acrescentou que o F-15EX com sua carga útil de armas muito maior e velocidade mais alta poderia voar mais rápido do que o jato de combate russo. “O F-15EX pode acomodar 24 unidades de armas pesadas. Ele pode trabalhar em conjunto com o F-35, que desempenha o papel de um “ouvinte” passivo e fornece designação de alvos. Ou seja, o F-15EX dispara suas armas de grande distância em alvos detectados por outras aeronaves”, observou o oficial.

Uma reportagem mais antiga da Breaking Defense disse que “apesar da preferência da Força Aérea Ucraniana pelo F-15EX dos EUA, a compra do Rafale deve acontecer – e resolver um problema incômodo para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.”

Ucrânia estaria indefinida entre o F-15EX, o F-35 e o Rafale. Na foto, um F-15E Strike Eagle da USAF, um F-35B da RAF e um Rafale francês.

Há rumores de que a Ucrânia seria recompensada por comprar o Rafale com a promessa de que o grupo aeroespacial e de defesa francês SAFRAN iria adquirir a Motor Sich. Isso manteria a empresa funcionando e seu pessoal empregado, evitando uma grande dor de cabeça de desemprego para o presidente ucraniano – e também agradaria a Washington ao manter a empresa fora das mãos dos chineses.