5 de ago. de 2021

Comitê do SIMDE discute o futuro do setor espacial

A reunião teve a apresentação de palestra da Agência Espacial Brasileira (AEB) sobre o assunto

Reunião do Comitê “Marechal do ar Casimiro Montenegro Filho”, realizada nesta segunda-feira, 2 de agosto, debateu sobre os caminhos futuros do setor espacial. O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) participou da reunião, que contou com a presença também da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais e associados, convidados e membros do comitê.

O presidente da AEB, Carlos Moura, apresentou uma palestra com o título “Conhecer os processos de chamamentos públicos e caminhos futuros do setor espacial”. A AEB lançou, em conjunto com o Comando da Aeronáutica, dois chamamentos públicos para empresas brasileiras e estrangeiras interessadas em realizar lançamentos a partir de Alcântara. O primeiro edital foi lançado em maio de 2020. Três empresas americanas (Hyperion, Orion AST e Virgin Orbit) e uma canadense (C6 Launch) foram selecionadas e estão em fase de negociação contratual junto à Aeronáutica. Um segundo chamamento público, referente à utilização de outra área dentro do CLA, está em andamento desde o dia 16 de abril. “Após a ratificação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) pelo Congresso Nacional, este é mais um grande passo histórico para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro, com o objetivo de tornar o espaçoporto de Alcântara uma referência internacional para lançamentos de vários países”, disse Carlos Moura.

O Comitê Aeroespacial “Marechal do ar Casimiro Montenegro Filho” foi lançado, em 2019, por uma parceria entre a Força Aérea Brasileira (FAB), o Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). A missão do comitê é dedicar-se ao tema aeroespacial, contribuindo com o desenvolvimento do segmento da indústria e defesa como um órgão permanente do SIMDE.

O diretor-presidente do SIMDE, Carlos Aguiar, falou, na reunião, sobre a importância do Centro Espacial de Alcântara como projeto mobilizador para a Base Industrial de Defesa e Espacial Brasileira, principalmente no momento crítico de baixo investimento que o Programa Espacial Brasileiro vem enfrentando, mas que está otimista em relação ao futuro do cenário no setor.  Para ele, o crescimento do interesse e das demandas no setor criarão alternativas de crescimento. “A demanda constante de manutenção e modernização dos diversos sistemas contribuirá para a sustentabilidade da indústria nacional a longo prazo”, disse.

O coordenador do Comitê, brigadeiro José Vagner Vital, destacou que a abertura de Alcântara para lançamentos privados, possibilitada pelo AST, é um divisor de águas na história do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais e do próprio Programa Espacial Brasileiro, além de trazer crescimento em toda cadeia espacial do país. “Cabe o sentimento de que chegou a hora da nação brasileira ser brindada com um programa espacial forte, com prioridade do Estado, que tenha lugar garantido no primeiro escalão do governo federal, que receba o apoio dos demais governos estaduais e municipais, que possa discutir questões orçamentárias diretamente no Congresso Nacional sem intermediários, e que seja cada vez melhor compreendido pelo Poder Judiciário e órgãos de controle em suas peculiaridades”, disse.

Logo em seguida, o presidente da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), brigadeiro Rodrigo Alvim de Oliveira, apresentou os resultados do chamamento público para o Centro Espacial de Alcântara.

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