Trâmite do processo está adiantado e deverá acontecer em 120 dias
”Teremos o 5G standalone - de maior qualidade - funcionando em todas as capitais brasileiras até junho de 2022. Antes disso, a solução híbrida - non-standalone [estará disponível]”, declarou Fábio Faria.
O ministro explicou que a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) estará amplamente disponível apenas em 2022, o que possibilitará procedimentos médicos delicados à distância, sistemas de direção automática de carros e demais tecnologias de automação e inteligência artificial que necessitam de baixa latência (velocidade entre a transmissão e a recepção de informações) na internet brasileira.
Democratização da internet
Segundo a avaliação do ministro, o decreto que transformou as telecomunicações em serviços essenciais foi crucial durante o período de pandemia - período em que o uso da internet para trabalho, aprendizado e contato social apresentou alta significativa. Com o objetivo de aumentar o alcance e o uso da internet por populações de regiões isoladas e de baixo índice socioeconômico, o ministério criou metas para levar conectividade para todas as cidades com população acima de 600 habitantes.
“São 16 mil localidades que receberão internet 4G até 2028. O plano Norte Conectado para a Região Norte - que tem menos acesso à internet - deve atender 10 milhões de pessoas, quase 25% do gap [buraco] que temos no serviço de internet no Brasil”, explicou.
Vacinas
Em viagem de intercâmbio para observar implementações já executadas do 5G, o ministro afirmou que aproveitou a oportunidade para conhecer fábricas e iniciativas de produção de vacinas contra covid-19, além de articular a aceleração, entrega e troca de tecnologias dos imunizantes produzidos na Europa e na Ásia.
Wi-Fi Brasil
Segundo informou Faria, o chamado “deserto digital brasileiro” está sendo extinto aos poucos. “Conseguimos levar 13.600 pontos de internet para escolas rurais, que estavam sem condições de operar e hoje contam com internet. Postos de saúde, zonas rurais [também estão sendo atendidos]. Até termos uma internet de alta qualidade, usamos o programa Wi-Fi Brasil para reduzir o tamanho dos desertos digitais - o que tem sido bastante proveitoso.”
Desestatização dos Correios
Sobre o Projeto de Lei (PL) dos Correios, Fábio Faria afirmou que segue o ministério segue a agenda liberal do governo, e que a palavra final sobre as parcerias e desestatizações será do Congresso Nacional. “Não definimos regras, apenas princípios [sobre o PL dos Correios]. Quem é soberano para tratar o tema é o Congresso. A consultoria nos dará assistência em relação ao tema e, como ministro, meu papel é participar das reuniões, tirar dúvidas. A palavra final é do Congresso”, argumentou.
Sobre funcionários, fornecedores e equipes que trabalham nas empresas, Faria afirmou que haverá um cuidado especial do governo ao lidar com o tema, e que todos as partes poderão ser ouvidas no processo. “Assusta muito quando falamos em modelo de privatização. Estamos estudando o mundo inteiro, o que tem acontecido com as privatizações. A maioria delas não tem corte de funcionários, pelo contrário, tem aumento de produção. Tem eficiência maior, se expandem. Iremos conversar com todos, todos irão participar nas negociações, assim como fornecedores e terceirizados”, concluiu.
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